Camellia sinensis (L.) Kuntze
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Parte Utilizada: Folhas A idade das folhas determina diferentes tipos de chá verde. O “Ban-chá” é um chá verde constituído de folhas mais velhas e rasteiras, o chá verde propriamente dito é feito de folhas mais novas e tenras e o chá branco é constituído de botões prateados (esbranquiçado) e pelas folhas apicais mais jovens [1]. Chá Verde: Folhas frescas são cozidas no vapor e secas [1, 2, 8]. Chá Preto: Folhas são secas por 1 dia fermentadas por 6 horas [1, 2, 8] Chá branco - brotos e flores secas [1]. Chá vermelho - folhas são armazenadas em barril e o processo de fermentação é lento. Após a fermentação é realizado o processo de secagem [1]. Padronização Catequinas e epigalocatequinas [8]. Ações Farmacológicas: Estimulante do SNC [2, 3], da circulação e da respiração. Promove sensação de bem estar geral [4]. Diurética, antidiarréica, adstringente. Estimulante do metabolismo lipídico [5]. Redutora das taxas de lipídios totais sem afetar os níveis de HDL [2]. Propriedades termogênicas [5] A teofilina presente produz ação vasodilatadora coronária inibindo a fosfodiasterase (converte AMPc em 5lAMP, aumentando a ação de hormônios derivados protéicos (ex: insulina, T3) [6]. O chá preto apresenta propriedades antiinflamatória, antioxidante, redução do colesterol, manutenção dos níveis de glicose, melhora desordens digestivas, asma e alergias [8]. É preventivo do câncer, diabetes e obesidade [8] PELE Proteção contra os danos da radiação solar e envelhecimento precoce através da aplicação tópica e uso oral do chá ou das capsulas. Dados recentes mostram como os polifenóis do Chá Verde podem ser úteis no tratamento do vitiligo, na interrupção do estresse oxidativo da unidade de melanócitos. Em um estudo duplo-cego, 30 mulheres beberam 1L de chá verde diariamente e 30 outras mulheres consumiram bebida neutra. Diferentes parâmetros da pele foram avaliados até a 12ª semana. Os resultados mostraram: Diminuição da resistência da pele interna do antebraço para se mover em direção a um vácuo aplicado em 21%;Aumento da elasticidade biológica em 3,9%; aumento da densidade da pele em 7,7%;melhoria da rugosidade, volume e declínio de escala; aumento da hidratação da pele até 17%; diminuição da perda de água transepidérmica em 12%; aumento do fluxo sanguíneo cutâneo foi aumentado em 29%. Em um estudo duplo-cego controlado por placebo, 56 participantes foram randomizados para receber 250mg de cápsula de extrato seco de Camelia sinensis e placebo. Após seis meses de avaliação clínica por dermatologista houve redução do dano para fotoenvelhecimento, redução de eritema e telangiectasias ediminuição de manchas marrons e manchas UV após 1 ano de uso. Indicações oficiais: Antioxidante, anti-inflamatório, estimulante do SNC, anticarcinogênica, termogênica, estimula o metabolismo lipídico, antimicrobiana, antifúngica e antiviral Estimulante do SNC, da circulação e da respiração. Promove bem estar geral. Diurético, vasodilatador, especialmente das artérias do coração. Reduz a taxa de colesterol total sem afetar o HDL. Potencializa a ação de certos hormônios como a insulina e da tireóide. Tradicional: Tônico, diurético, hipercolesterolemia, digestivas, náuseas e vômitos [2, 6], Enxaquecas [4]. Prevenção de aterosclerose, efeito hipolipemiante[5]. Coadjuvante no tratamento de obesidade, asma, bronquite e enxaquecas. Relaxa a musculatura lisa dos brônquios [5]. Coadjuvante no tratamento de patologias orais, usado como gargarejo [6]. Apresentações, Forma Farmacêutica, Posologia e Protocolos: Uso oral - Infusão (rasura): 0,3g/250mL de água. 3 a 4 doses diárias; - Pó: 250 a 500 mg diários ou conforme orientação médica. Dose máxima de 1,6 g ao dia; - Tintura: 5-15 g diárias, dividas em 3 doses; - Extrato seco 50% padronizado em 50% de polifenois: 120 a 400 mg duas vezes ao dia. (Tomar até no máximo as 17 horas); Efeitos Colaterais e Reações Adversas: Nas doses habituais, não há relatos de efeitos tóxicos ou colaterais, com exceção de algum grau obstipação intestinal nos consumidores habituais. A ingestão da planta no período da noite pode provocar insônia, devido à ação estimulante da cafeína [2]. Por conter razoável teor de cafeína, pode provocar dependendo da dose e da frenquência diminuição da absorção de Ca e Fe, irritação da mucosa digestiva, irritabilidade, insônia, ansiedade e arritimias cardíacas, no entanto os efeitos da cafeína são atenuados por outros componentes [5]. O FDA considera o produto seguro [5]. Referências: [1] https://repositorio.ufba.br/ri/bitstream/ri/8804/1/Luziana%20de%20Azevedo%20Firmino.pdf [2] ALONSO, J. R. – Tratado de Fitomedicina, Bases Clínicas y Farmacológicas – ISIS Ediones SRL – Buenos Aires – Argentina – 1998 [3] PDR for Herbal Medicines – The Information Standard for Complementary Medicine – Medical Economics Company – Montevale, New Jersey – 1998. [4] CAPITELLI, C.S; Serenik, A; Oliveira, B.H.; Vital, M.A.B.F Mucuna priens the possible therapeutic alternative for Parkinson ́s disease. [5] FERRO, D. Fitoterapia, conceitos clínicos. São Paulo: Editora Atheneu, 2006. [6] NICOLETTI, M.A., et al. Principais interações no uso de medicamentos fitoterápicos. Infarma, vol 19: 32-40, no 1⁄2, 2007. [7] Akroum, S. Antifungal activity of Camellia sinensis crude extracts against four species of Candida and Microsporum persicolor. Journal de Mycologie Medicale. 2018. https://doi.org/10.1016/j.mycmed.2018.06.003 [8] Naveed ANVISA, Resolução RE no 89 - Lista de Registro Simplificado de Fitoterápicos, 16/03/2004. [2] ANVISA, Memento Fitoterápico da Farmacopeia Brasileira, 2016. [3] Verde Saúde. Prefeitura Municipal de Curitiba. Curitiba, PR, 1999. [4] World Health Organization - Monographs On Selected Medicinal Plants. Geneva, 1998. [5] Silva Junior, A. A.; Michalak E. O Éden de Eva Descritivo ilustrado das espécies medicinais do Horto Eva Michalak. 1a Ed. EPAGRI. 2014 [6] CAPASSO, F., GRANDOLINI, G., IZZO, A.A. Fitoterapia – Impiego razionale delle droghe vegetali. 3a. ed. Verlag, Itália: Springer, 2006. [7] FERRO, D. Fitoterapia, conceitos clínicos. São Paulo: Editora Atheneu, 2006. [8] LORENZI, H., MATOS, F.J.A. Plantas Medicinais no Brasil – Nativas e exóticas. São Paulo: Instituto Plantarum, 2002. https://repositorio.ufba.br/ri/bitstream/ri/8804/1/Luziana%20de%20Azevedo%20Firmino.pdf |
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